quarta-feira, 26 de março de 2008

Varanda Ipanemense

As vezes em minha varanda, acompanhado pelas estrelas, paro, e penso, em tudo. Olho o arpoador à esquerda e o pontão à direita. Vejo a hora naquele maldito relógio de rua. Que sempre me informa a temperatura antes da hora. Como se sabê-la me interessasse muito. Não que eu estivesse com pressa de saber a hora mas...

Observo os mais “experientes” e suas longas caminhadas pela orla carioca e penso no meu futuro, se serei rico, famoso, feliz...

Vejo o vento trazendo novos ares, assim como vejo o 175 Barra da Tijuca leva os trabalhadores á seus lares após um longo dia de trabalho.

As ondas batendo na areia. E presto muita atenção nelas. Pois o barulho delas, um dia será ouvido em algum lugar. Pode parecer coisa de maluco mas ao ouvir esse som que onomatopéia alguma pode representar, fico completamente, hipnotizado.

As Ilhas Cagarras a uns 7 km da costa sempre muito quietas, no canto delas. Sem ter muito para onde ir né? Fico me imaginando nadando até lá. E voltando. Algo que para alguém como eu, seria impossível. Por isso, só imaginando.

As arvores dançando com a vinda daqueles novos ares. Ou paradas, a espera deles.

Lá naquele já comentado arpoador onde até mesmo de madrugada, inúmeros surfistas ocupam a área. Todos graças a um holofote, que ilumina os tubos, aéreos, as rasgadas...

Holofotes iluminam a praia inteira. Iluminam o berço da Garota de Ipanema. Iluminam a terra da bossa nova. Iluminam cada grão de areia desse bairro. Que como diria Tim Maia, VALE TUDO! Ou melhor, quase tudo.

Cristiano Sauma