sábado, 15 de março de 2008

De Portas a Botões

Li um texto seu hoje: “coragem”. Admito que eu não te conheça tão bem assim, mas o pouco que eu conheço é suficiente para eu discordar. “O dicionário define coragem como firmeza de espírito, energia diante do perigo; intrepidez; ânimo; valentia; perseverança.” Para mim, coragem não é apenas ser valente nas horas de perigo. Precisa-se de coragem todo dia, para sermos nós mesmos. Você tem essa coragem de sobra. Os estereótipos que você quebra são muitos, você sabe. E eu pessoalmente ainda não conheci ninguém que o fizesse com tanto “ânimo; valentia; perseverança”. O orgulho que você tem no que você é, na sua dança, no seu futebol e em todos os seus talentos, são provas da sua coragem. A força de vontade e persistência que você tem para atingir suas metas é inabalável e isso é mérito seu, por não se deixar atingir por comentários alheios e não preferir seguir o caminho mais fácil sendo apenas mais um, igual a todo mundo.

Por isso, quando eu li o seu texto tive que responder. Não podia deixar que uma das pessoas mais corajosas que eu conheço se menosprezasse.

Então ouso concordar com seus botões, a coragem abri sim várias portas. Abrir botões parece fácil, apenas porque faz tempo que você (com toda sua coragem), transformou grandes portas, em pequenos botões e vem as abrindo desde então.


Gabriella Borba
Uma fã orgulhosa! haha.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Coragem

Estive pensando com meus botões. Pensamos sobre a coragem. O dicionário define coragem como firmeza de espírito, energia diante do perigo; intrepidez; ânimo; valentia; perseverança. Pensamos sobre a falta dela em mim. Confesso que não sou lá alguém muito corajoso. Mas também não chego a ser medroso. Como diziam meus botões. Quando tenho que me impor, me imponho. Quando tenho que ser homem, sou. Quando tenho que ser corajoso, me fecho, e fico pequenino. Como meus botões.
As vezes ficava nervoso de pensar que deveria ser mais corajoso. Meus botões diziam que a coragem iria abrir várias portas. Pra quem só está acostumado a abrir botões, abrir portas seria ótimo. Mas me acalmava do tal nervosismo ao pensar que pode ser bom ser assim, não tão corajoso. Pessoas podem até se prejudicar querendo ser mais corajosas do que devem ser. Disse então aos meus botões que nada melhor do que ser eu mesmo, do jeito que eu sou. Pequenininho, do tamanho de um botão.

Cristiano Sauma



segunda-feira, 10 de março de 2008

Clarice

Não sei se é de verdade
Não sei se é passageiro
Mas dentro do meu coração
Sinto você de corpo inteiro

Talvez seja diferente
Porque veio derrepente
Mas não consigo te esquecer
Nem mesmo que eu tente

Mesmo você não me querendo
Sei que vou te conquistar
Pois qualquer coisa farei
Pelo prazer de te amar

Amanhã é um novo dia
Não sei o que vai acontecer
Mas rezo todo noite
Pra que eu esteja com você

Mesmo que a terra sumisse
Mesmo que a lua caísse
Sempre vou te amar, minha amada...
Clarice

Cristiano Sauma

Cristiano Sauma

O que fazer?

O que fazer quando o seu maior vício vira a sua maior tristeza?
Quando sua maior satisfação vira uma das suas maiores decepções?
Ser rejeitado nao é fácil, ainda mais numa coisa em que voce sempre se garantiu, que voce sempre foi o centro das atenções e de uma hora pra outra, quando voce acha que tá subindo um degrau, já fazendo planos para o futuro, tudo desmorona na sua cabeça, e voce fica sem saída, sem ter pra onde correr, o que fazer?
Quando eu ficava triste, decepcionado com alguma coisa, a minha primeira reação era arranjar uma pelada pra ir jogar, porque jogando eu esqueço de tudo, dos problemas, das frustações, das angústias, só a bola e o gol que ficam na minha cabeça naquele momento, e isso me faz abrir um sorriso, por mais que eu estivesse numa situação ruim, aquilo me fazia sorrir, mas e agora, o que fazer se a minha decepção, o prédio que desabou era o prédio do meu futuro no futebol, o meu investimento, agora nem uma pelada me faz esquecer isso porque é o futebol que me decepcionou, nada me faz esquecer isso e esse é o maior problema que já tive em minha vida, e nao sei o que fazer!
Nesse tempo, vi que chorar nao adianta nada, que tentar pensar em outra coisa nao adianta nada, que a única coisa que vai fazer efeito é pegar os tijolos e começar a construir tudo de novo por mais que seja díficil, pois a insegurança da rejeição fica martelando em minha cabeça, por mais que eu já tenha fechado algumas portas, e de pensar que depositei todo meu dinheiro na construção desse prédio, de que esse prédio será meu ganha-pão, será minha moradia, será tudo que eu sempre quis ter, e ele está no chão, sem sequer uma maquete de como ser feito, sem um tijolo, sem nada...então o que fazer?
Acho que a melhor coisa a se fazer será apenas deixar em minha cabeça o pensamento da bola e do gol, e simplesmente abrir o sorriso!

Roberto Santos

domingo, 9 de março de 2008

Endiabrado

Certo dia, um homem ao se encontrar com o Diabo após sua morte disse que não merecia estar no inferno. O Diabo então lhe disse que se ele estava lá era porque merecia. Que Deus não mandava almas para baixo a toa. O homem, inconformado, disse ao Diabo que rezava todos os dias, que era um homem honesto e trabalhador e que vivia feliz com a sua amada esposa. Disse também que nunca roubou, nunca traiu, nunca fez mal a ninguém! O Diabo então lhe deu uma opção, propôs que ficaria no inferno durante seis meses. Após seis meses no inferno poderia escolher entre ir ou não para o paraíso. O homem aceitou a proposta.
Durante seis meses o homem recebeu todos os tipos de luxo de que um homem precisa, mulheres, comida, mulheres, um controle remoto, comida e mais mulheres. Enfim, uma vida perfeita.
Findado o tempo da proposta, Seis meses. O Diabo veio perguntar ao homem se ele desejava subir ao paraíso, onde iria viver ao lado do senhor em uma vida de santidade, simplicidade e paz. O homem não pensou duas vezes e optou por continuar no tal “inferno”. Assim que sua opção foi tomada, o luxo sumiu, as mulheres sumiram, a comida, tudo! E o homem foi obrigado a trabalhar feito um escravo por toda a eternidade.
O homem derrepente acorda. Olha pro lado e vê sua esposa. Para o outro, o seu controle remoto. Vai até a cozinha, faz um lanche com um suco de abacaxi docinho e volta a dormir. Estava sonhando.

Cristiano Sauma